Being Bilingual



Being Bilingual


Fabiana Seidel


MA in TESOL, Anaheim University, California




    A young child who learns two languages simultaneously is in fact learning two first languages; and, according to Brown (2007), the key to the successful learning of both is in distinguishing separate contexts for the two languages. There are two types of bilinguals: coordinate bilinguals, who learn a second language in separate contexts and have two “meaning systems” (e.g., a Brazilian learner who learns English in Brazil), and compound bilinguals, who have one meaning system from which both languages operate (e.g., the star kid of our video, Lorenzo, who learned English and Portuguese within one single context, in the USA). Lorenzo moved to the USA as a toddler when he started to articulate his first words, and was granted with a two-fold opportunity to learn Portuguese from his Brazilian parents and English from his immediate surroundings.




    Childhood bilingualism has been extensively investigated by language acquisition researchers. Brown (2007) goes on to cite researchers like Reynolds, 1991; Schinke-Llano, 1989; and Lambert, 1972, whose studies point to considerable cognitive benefits of early childhood bilingualism, arguing that bilingual children can easily form and acquire new concepts. Moreover, the fact that bilinguals can automatically engage in code-switching, which consists of inserting words or chunks of one language into the other, suggests that these individuals have a greater mental flexibility. 




    The video “Being Bilingual” shows Lorenzo operating two languages or “switching codes” almost instantaneously and automatically. In addition to several cognitive and social factors that contribute for the acquisition of a second language, the combination of input + exposure + interaction is also a key component in the process of learning another language. The optimum amount of input Lorenzo receives in both languages as well as the constant opportunities to interact with speakers of English and Portuguese play fundamental roles in his proficiency levels. 




    However, there has been no consensus as to the best age to learn a second language. On the one hand, the critical period hypothesis suggests that acquiring native-like competence becomes increasingly difficult after puberty (around 10 years old). Its proponents claim that this happens because the brain loses its “plasticity” or flexibility, and the two hemispheres of the brain become more independent around puberty (Nunan, 1999). On the other hand, further research supported by recent technology has called this hypothesis into question due to inconclusive results when comparing the route and the rate of acquisition between adults, teenagers and children. In fact, according to Ellis (2012) in his review of the available literature, pronunciation is the only area where the younger the start the better, which explains Lorenzo’s perfect pronunciation in English.




    Irrespective of what research suggests and literature proposes, it is common knowledge that speaking a second language has become paramount to succeed in today’s world. Exposing our kids to other languages will not only catapult their education to outstanding levels but also play an invaluable part in their growth and development as “globalized citizens” – and this is priceless. Happy Children’s Day!




References:




Ellis, R. (2012). The study of second language acquisition. Oxford: Oxford  


     University Press.


Brown, H.D. (2008). Principles of language learning and teaching. White Plains, NY: 


    Pearson Longman.


Nunan, D. (1999). Second language teaching & learning. Boston: Heinle & Heinle.


Reynolds, A. (1991). The cognitive consequences of bilingualism. ERIC/CLL News 


    Bulletin, 14, 1-8.


Schinke-Llano, L. (1989). Early childhood bilingualism. Studies in Second Language 


    Acquisition, 11, 223-240.


Lambert, W. (1972). Language, psychology, and culture: Essays by Wallace E. Lambert.


    Palo Alto, CA: Stanford University Press.




Ser Bilíngue


Fabiana Seidel


MA in TESOL, Anaheim University, California


    


A criança que aprende dois idiomas simultaneamente está na verdade aprendendo duas primeiras línguas; e, de acordo com Brown (2007), a chave para um aprendizado bem-sucedido de ambas está em distinguir contextos separados para as duas línguas. Há dois tipos de bilíngue: os bilíngues coordenados são aqueles que aprendem uma segunda língua em contextos diferentes e possuem dois “sistemas de significados” (ex.: um brasileiro que aprende inglês no Brasil), e os bilíngues compostos, os quais possuem um único sistema de significado a partir do qual as duas línguas operam (ex.: Lorenzo, a estrela do nosso vídeo, que aprendeu inglês e português dentro de um único contexto, nos EUA). O Lorenzo mudou-se para os EUA ainda bebê quando começava a articular suas primeiras palavras, e ganhou em dobro com a oportunidade de aprender português com os seus pais brasileiros e inglês com o seu entorno imediato.


    


O bilinguismo infantil vem sendo extensivamente investigado por pesquisadores em aquisição de linguagem. Brown (2007) segue citando pesquisadores como Reynolds, 1991; Schinke-Llano, 1989; e Lambert, 1972, cujos estudos apontam para ganhos cognitivos consideráveis do bilinguismo infantil pelo fato que crianças bilíngues conseguem formar e adquirir novos conceitos facilmente. Além disso, o fato que bilíngues são capazes de ativar a mudança de códigos (code-switching) automaticamente, a qual consiste em inserir palavras ou partes da uma língua dentro da outra, sugere que estes indivíduos possuem uma enorme flexibilidade mental. 




    


O video “Being Bilingual” mostra o Lorenzo operando duas línguas ou “mudando códigos” quase que instantaneamente e automaticamente. Além dos diversos fatores cognitivos e sociais que contribuem para a aquisição de um segundo idioma, a combinação input + expor-se + interação é também um componente chave no processo de aprendizagem de outro idioma. A excelência em volume de input que o Lorenzo recebe nas duas línguas assim como as constantes oportunidades de interagir com falantes de inglês e português têm um papel fundamental nos seus níveis de proficiência. 




Entretanto, não há consenso quanto à melhor idade para se aprender uma segunda língua. Por um lado, a hipótese do período crítico (the critical period hypothesis) sugere que a aquisição de competências como as de falantes nativos torna-se mais difícil após a puberdade (em torno dos 10 anos de idade). Seus proponentes afirmam que isto se dá porque o cérebro perde a sua plasticidade ou flexibilidade, e os dois hemisférios do cérebro tornam-se mais independentes na puberdade (Nunan, 1999). Por outro lado, outras pesquisas apoiadas em tecnologias mais recentes questionam esta hipótese devido a seus resultados inconclusivos ao comparar a rota e o ritmo de aquisição entre adultos, adolescentes e crianças. Ellis (2012), ao revisar a literatura disponível na área, conclui que, na verdade, a pronúncia é a única habilidade que quanto mais cedo se começar, melhor; fato que explica a pronúncia perfeita do Lorenzo em inglês.  




Independente do que é sugerido pela pesquisa e proposto pela literatura, é de conhecimento geral que falar uma segunda língua se tornou essencial para alcançar sucesso no mundo de hoje. Expor as nossas crianças a outros idiomas não irá apenas catapultar sua educação a níveis extraordinários, mas também exercer um papel inestimável no seu crescimento e desenvolvimento como “cidadãos globalizados” – e isso não tem preço! Feliz Dia das Crianças!